A medicina preventiva está entrando em uma nova fase. Tanto no Brasil quanto no resto do mundo, estamos vendo uma transformação nas abordagens em relação aos cuidados com a saúde e no papel dos laboratórios de análises clínicas.
Podemos também entender esse momento como uma excelente oportunidade para novos investimentos e crescimento empresarial, uma vez que a tecnologia e o cenário pós-pandêmico representam novos comportamentos de clientes em potencial.
Medicina Preventiva x Medicina Curativa
Enquanto que antes os consumidores precisavam se adaptar aos produtos e às empresas, hoje acontece o contrário. São as empresas que precisam estar a par das necessidades e prioridades do seu público para então oferecer o seu melhor produto ou serviço.
Dessa maneira, o desenvolvimento de estratégias de marketing se torna altamente vantajoso e um diferencial importante para que o seu laboratório faça parte desse novo momento.
Se observarmos esses pontos de interesse, temos:
Cenário Pós-pandêmico e a Medicina Preventiva
Antes de 2020 e a declaração da pandemia, o mundo já tinha passado por cenários similares, tanto de velocidade de contágio quanto de óbitos, porém, a abordagem (ou a falta dela) permaneceu um fator decisivo na gestão da mesma.
Mais conhecida como a “pandemia esquecida”, a Gripe de Hong Kong (1968) foi considerada como uma das 3 piores crises mundiais do século XX, junto com a Gripe Espanhola e a Gripe Asiática.
E como bem pontua o diretor do Museu Basco de História da Medicina e especialista em história de doenças, Anton Erkoreka, “As gripes vêm sempre com uma conotação benigna de que matam apenas idosos com comorbidades, por isso foram sempre banalizadas socialmente. As medidas adotadas na época não foram excepcionais, e acabou considerada apenas mais uma gripe“.
Lembrando que as Infecções Respiratórias e, principalmente por Influenza são um dos mais graves problemas de saúde mundial, uma vez que envolve diversas variantes e o comportamento viral muda conforme a região.
Portanto, alertas sobre novos vírus e variantes não são de todo incomuns. Mas há aqueles que precisam de mais atenção da sociedade, como o recém alerta epidemiológico emitido pela OMS e OPAS sobre o vírus A (H5N1).
“O vírus da influenza A(H5N1) foi identificado pela primeira vez em aves domésticas e selvagens em dezembro de 2014 na América do Norte. Desde então e até a primeira semana de janeiro de 2023, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Honduras, México, Panamá, Peru, Estados Unidos e Venezuela detectaram surtos deste vírus em aves domésticas, granjas avícolas e/ou silvestres.
As infecções deste vírus em humanos, que muitas vezes podem ter sintomas graves, têm sido muito menos frequentes. Mas sempre que o vírus da gripe aviária circula entre as aves, há um risco de casos humanos esporádicos. Até agora, duas infecções humanas foram confirmadas na região: a primeira em abril de 2022 nos Estados Unidos e a segunda em 9 de janeiro de 2023 no Equador.”
OPAS
No Brasil, o Ministério da Saúde já se mostrou alerta sobre a situação e segue com a publicação dos boletins epidemiológicos das principais infecções respiratórias.
Dentre os casos positivos do ano corrente, 1,0% são Influenza A, 0,8% Influenza B, 22,6% vírus sincicial respiratório (VSR), e 65,6% SARS-CoV-2 (COVID-19). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,3% Influenza A, 1,1% Influenza B, 24,8% vírus sincicial respiratório, e 61,7% SARS-CoV-2 (COVID-19).
Fiocruz
E ainda, a OMS continua com o alerta de emergência de saúde pública de importância internacional para a covid-19.
Diante dessas questões, não podemos deixar de mencionar a importância do papel dos laboratórios nesse momento. Com o aumento do acesso a informações, a população brasileira está cada vez mais interessada em cuidados mais diligentes e personalizados.
Nesse contexto, é importante que os laboratórios estejam atualizados e preparados para lidar com situações rotineiras e emergenciais.
Enquanto que os médicos e as clínicas investem na telemedicina e na humanização das abordagens; o investimento em tecnologia, sistemas de análise e testes moleculares têm sido os principais diferenciais oferecidos pelos laboratórios.
A popularização dos testes moleculares tem aumentado, e muito, a demanda dos mesmos. Inclusive, as principais autoridades de saúde mundial os têm colocados como exames de rotina, como no caso do HPV.
Comportamento do Consumidor
Entender o comportamento do consumidor, como mencionamos anteriormente, é parte crucial para os negócios.
Conforme o estudo publicado pela Mckinsey, “desde o início da pandemia, mais de 75% dos consumidores mudaram seus hábitos de compra. E, ao contrário dos dias pré pandêmicos, os consumidores de todos os grupos de renda estão dispostos a negociar para conseguir o que desejam.”
Especificamente sobre a saúde, o estudo da Prophet mostra que 81% dos consumidores estão insatisfeitos com os serviços de saúde.
No estudo do Aberdeen Group Inc., “as empresas com as estratégias de engajamento omnichannel mais fortes retêm uma média de 89% de seus clientes, em comparação com 33% para empresas com estratégias omnichannel fracas.”
Sobre as estratégias chamadas Omnichannel temos – “a tendência que se baseia na concentração de todos os canais utilizados por uma empresa. Trata-se da possibilidade de fazer com que o consumidor não veja diferença entre o mundo on-line e o off-line. O omnichannel integra lojas físicas, virtuais e compradores. Dessa maneira, pode explorar todas as possibilidades de interação.”
Por ter esse foco no cliente, é possível oferecer experiências únicas e personalizadas através do uso integrado de recursos já existentes, como agendamento online, coleta domiciliar e entrega online de resultados e; através de investimentos estratégicos em sistemas de análise, diagnóstico molecular e treinamento de equipe.
Um bom exemplo dessa abordagem pode ser vista neste artigo sobre o Laboclin de Salvador, parceiro Seegene que investe forte em atualização tecnológica, digitalização e coleta domiciliar: Case Laboratório Laboclin – Parceiro Seegene Brazil.
Gestão e tecnologia
Para que o campo da medicina preventiva prospere é preciso que dois setores laboratoriais estejam bem alinhados – o da gestão e o da tecnologia.
Para isso, os laboratórios estão investindo em sistemas que otimizam os processos internos, como por exemplo, softwares de unificação de análise que são interligados com o sistema de informações de laboratório (LIS) e software operacional otimizado para múltiplos ensaios.
Além disso, existem plataformas desenvolvidas especialmente visando o aperfeiçoamento interno, que ocupam menos espaço, são manipuladas por apenas um profissional e reduzem as chances de contaminação cruzada.
O investimento nesses sistemas e equipamentos cresceu significativamente durante a pandemia e está aumentando com a ampliação da disponibilidade do diagnóstico molecular para outras áreas da saúde.
Outro ponto importante de ser mencionado é que já existe um consenso mercadológico mundial sobre a necessidade de investimentos em medicina preventiva – pesquisas apontam que, só nos EUA, em 2021 foram gastos com a saúde $4.3 trilhões, enquanto que os gastos com vacinas e prevenção de doenças caíram 5,2%, para US$ 212,1 bilhões.
E conforme o economista Jo Bhakdi coloca, “A pesquisa genômica agora permite identificar e tratar condições em seus estágios iniciais, muitas vezes eliminando a necessidade de tratamento posterior. Essa abordagem pode economizar bilhões de dólares em atendimento ao paciente, além de salvar milhões de vidas.”
Envelhecimento da população e a Medicina Preventiva
Como mencionamos, estamos diante de uma intensa e significante mudança de cenário comportamental. As pessoas estão cada vez mais preocupadas e dispostas a investir na própria saúde e os laboratórios precisam se adaptar às tendências.
O nosso compromisso é com o bem-estar social e você pode conhecer mais sobre o nosso trabalho e descobrir como a Seegene Brazil pode ajudar o seu laboratório nessa nova fase.
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