Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma arbovirose comum no Brasil, que, a cada ano, é tema de campanhas de conscientização e prevenção.
Em 2024, o número de casos aumentou drasticamente em comparação com os dados de 2023, apresentando crescimento de aproximadamente 400%. A seguir, descubra mais sobre esse cenário e como os testes PCR podem ajudar a combater a epidemia de dengue.
Cenário atual da dengue no Brasil
Dados do Ministério da Saúde, referentes a novembro de 2024, registram 6.590.575 casos prováveis de dengue, com mais de 5.900 óbitos confirmados e outros 1.000 em investigação. A letalidade em casos graves é de 5,69%. A cada 100 mil habitantes, são mais de 3 mil casos.
Em 2023, durante todo o ano, foram registrados apenas 1.649.146 casos, com 1.179 óbitos. Algumas das possíveis razões para esse aumento incluem a grande incidência de chuvas em todo o país, gerando acúmulo de água, ideal para a proliferação do Aedes aegypti, e o calor intenso, que também propicia o desenvolvimento do mosquito.
Causas, sintomas, fatores de risco e prevenção da dengue
O vírus da dengue (DENV) é transmitido por via vetorial, através da picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas. O mosquito se contamina ao picar pessoas que já têm a doença.
Existem também casos raros de transmissão por via vertical: da mãe para o bebê na gestação e por transfusão de sangue.
Os primeiros sinais incluem:
- Febre entre 39°C e 40°C;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares e/ou nas articulações;
- Prostração;
- Dor atrás dos olhos.
Após o período febril, entre o terceiro e o sétimo dia da doença, é preciso estar alerta a sintomas como:
- Dor abdominal intensa e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos nas cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
- Queda de pressão arterial ao se levantar;
- Fraqueza muscular intensa, provocando a lipotímia, similar a um desmaio;
- Letargia e/ou irritabilidade;
- Aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia);
- Sangramento de mucosa;
- Aumento progressivo do hematócrito em exames de sangue.
Sobre os fatores de risco, é importante notar que todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis. Porém, casos em idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maiores chances de evoluir em gravidade.
As práticas de prevenção já são bem conhecidas da população brasileira e devem ser aplicadas constantemente:
- Uso de telas nas janelas e repelentes de mosquito, especialmente em locais com casos conhecidos;
- Remover recipientes que acumulem água e possam se tornar criadouros do mosquito;
- Vedar reservatórios e caixas d’água;
- Desobstruir calhas, lajes e ralos.
Em dezembro de 2023, a vacina contra a dengue foi incorporada ao SUS, e garantir a imunização é uma forma de prevenção.
O papel do diagnóstico molecular no combate à dengue
Diagnosticar a dengue pode ser complexo, já que seus sintomas são similares a outras infecções virais e bacterianas, especialmente às demais arboviroses.
Pessoas sem sintomas também podem transmitir a dengue por meio da picada do mosquito. Por essa razão, os testes moleculares são a principal forma de identificá-la precocemente e corretamente. O diagnóstico por meio de exames PCR é mais rápido, sensível e específico do que outras opções, proporcionando alta eficácia e confiabilidade.
Além disso, o PCR é capaz de detectar o gene do vírus enquanto ainda está se multiplicando, antes dos estágios avançados da doença, e pode diferenciar os diferentes tipos virais. Essa identificação é fundamental para a vigilância epidemiológica da dengue, já que cada genoma do vírus pode ter suas próprias características e efeitos.
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