Conforme identificado no último Boletim Infogripe, da Fiocruz, as infecções respiratórias voltaram a ser motivo de preocupação.
A covid-19 já corresponde a 59,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). É a terceira semana epidemiológica consecutiva em que há essa predominância e, dos casos de SRAG que resultaram em óbito, 91,1% tinham identificação viral positiva para covid-19.
Só em 2022 já foram registrados 147.638 casos de SRAG, dos quais 72.197 ou 48,9% desses testaram positivo para algum vírus respiratório.
Aponta-se que, devido à diminuição das restrições, da realização de eventos públicos e então da declaração do Ministério da Saúde sobre o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional pela Covid-19, a curva nacional apresenta crescimento nas tendências de longo (últimas 6 semanas) e curto prazo (últimas 3 semanas).
“Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 4,0% Influenza A, 0,4% Influenza B, 25,1% vírus sincicial respiratório, e 59,6% SARS-CoV-2 (COVID-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,6% Influenza A, 0.0% Influenza B, 4,1% vírus sincicial respiratório, e 91,1% SARS-CoV-2 (COVID-19).” [1]
A 4° onda de covid-19
Segundo as informações do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), estamos atualmente com uma média móvel de 31 mil novos casos por dia. No final de abril, esse número era de 12 mil.
A imprensa já está relacionando esse aumento de casos à expressão “4° onda de covid”.
Mas não é só por aqui que os números estão subindo, demais países da América do Sul também apresentam tais estatísticas e, a Pan American Health Organization mais uma vez reforçou a necessidade de mantermos as medidas de segurança sanitária e continuar com a testagem em massa.
A identificação viral é fundamental não só para o controle epidemiológico como para o tratamento. Mesmo que as infecções respiratórias apresentem sintomas semelhantes, os cuidados devem ser direcionados e personalizados.
Diante desse cenário, o Dr. Jong-Yoon Chun, CEO da Seegene anunciou medidas que irão facilitar o acesso ao teste PCR. “Tenho certeza de que os testes de PCR de rotina serão a melhor solução para ajudar a acabar com a pandemia de COVID-19. A Seegene fornecerá suporte total para cidades ou países que se unirem a nós para melhor rastrear e conter o surto”.
O teste PCR continua sendo o mais indicado — sua capacidade de detecção e identificação viral é superior – e o recomendado para o diagnóstico correto das infecções respiratórias.
A Seegene Brazil possui painéis moleculares específicos para a identificação dessas infecções:
- Painel Allplex™ Respiratory Panel 1: essencial para a identificação dos casos das Gripes A/B e RSV A/B com simultânea subtipagem de Gripe A em um único tubo;
- Allplex™ RV Essential Assay: realiza a triagem de 7 vírus: influenza A, influenza B, vírus sincicial respiratório A/B, metapneumovírus, parainfluenza, adenovírus e rinovírus A/B/C com uma única amostra.
- Allplex™ SARS-CoV-2 Assay: detecta e identifica, em uma única reação, a covid-19 usando quatro genes alvo: RdRP, S e N específicos para o SARS-CoV-2 e E para todos os Sarbecovírus, incluindo SARS-CoV-2
- Allplex™SARS-CoV-2 Master Assay: faz a triagem completa para SARS-CoV-2 e variantes, incluindo cinco mutações notáveis no gene S.
- Allplex™SARS-CoV-2/FluA/FluB/RSV Assay: destinado à detecção do SARS-CoV-2 através de três genes (N, RdRP e S), dos vírus Influenza A e B e dos vírus sincicial respiratório (VSR) A e B.
As consequências das infecções respiratórias nas crianças
Um dos dados que está chamando mais atenção é o grande número de crianças diagnosticadas com algum tipo de infecção respiratória.
“Nas crianças de 0 – 4 anos, o aumento nos casos de SRAG foi marcado por aumento nos casos positivos para vírus sincicial respiratório (VSR) e leve aumento nos casos de rinovírus e metapneumovírus, além da presença de SARS-CoV-2 que vem aumentando nas semanas recentes acompanhando a tendência da população adulta.” [1]
Um dos motivos para esse aumento, de acordo com especialistas, é a susceptibilidade das crianças às infecções. Alinhados à flexibilização das medidas restritivas e à volta as aulas, os hospitais pediátricos estão atingindo sua capacidade máxima em diversas partes do país, contando com as internações em UTI.
Essas internações e agravamentos podem ser evitadas com a vacinação. Desde 2015 os índices de vacinação básica infantil estão diminuindo, e agravados pela pandemia, os números pioraram significativamente atingindo apenas 74,5% em 2021, bem longe do ideal recomendado de 90%.
“À medida que os países se recuperam da pandemia, são necessárias ações imediatas para evitar que as taxas de cobertura caiam ainda mais, porque o ressurgimento de surtos de doenças representa um sério risco para toda a sociedade”, afirma Jean Gough, diretora regional do UNICEF para a América Latina e o Caribe.
Você pode conferir mais informações sobre a importância do diagnóstico molecular em nossos artigos “Infecções Respiratórias – A importância do Teste PCR Respiratório” e “A importância da Tecnologia para o Diagnóstico”.
Referência
[1] https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos_2/resumo_infogripe_2022_21.pdf
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