Doenças sazonais – prepare o seu laboratório para o inverno

As doenças sazonais são caracterizadas pelas suas altas manifestações em períodos distintos do ano como, por exemplo, os casos de infecções respiratórias durante o inverno.

Ao contrário da crença popular, não são as baixas temperaturas que causam essas infecções, o que acontece é que, devido as essas, tendemos a ficar em ambientes fechados e com baixa ventilação natural, o que contribui para a disseminação viral e bacteriana. 

Outras características como a baixa umidade relativa do ar e o histórico médico de cada paciente também influencia diretamente nas transmissões e contágios dessas doenças sazonais.

Com essa demanda mais específica e recorrente, é importante que o seu laboratório esteja preparado para lidar com o aumento nos pedidos e poder oferecer os melhores cuidados para a população.

E hoje sabemos sobre a importância da identificação correta dos patógenos para a continuidade dos tratamentos e controle epidemiológico. Fatores que podem ser alcançados através do diagnóstico molecular. 

Confira a seguir quais são as principais doenças sazonais do inverno e quais diagnósticos o seu laboratório precisa.

As principais doenças sazonais de inverno

Durante os períodos do outono e do inverno, de março a setembro, é esperado o aumento nos casos de infecções respiratórias e, como elas apresentam praticamente os mesmos sintomas, confiar apenas no diagnóstico clínico se torna inviável. 

E como se tratam de infecções causadas por vírus e bactérias, a melhor maneira de identifica-las é através de exames moleculares, como a PCR.

A seguir, listamos as 5 principais doenças sazonais, particularizadas do outono e do inverno. Confira.

1. Resfriado comum

Os resfriados comuns têm, em sua grande maioria, proveniência dos mais de 100 sorotipos do rinovírus e são mais comuns durante o outono.

Como não existe um tratamento específico para o resfriado, o tratamento então é sintomático, visando o alívio da dor de garganta, obstrução nasal e mal-estar. Esse tratamento é fundamental visto que o quadro pode agravar para asma ou bronquite crônica.

Sobre os coronavírus, 4 dos 7 vírus conhecidos apresentam os mesmos sintomas do resfriado comum, sendo os tipos 229E, OC43, NL63 e HKU1 responsáveis por cerca de 15 a 30% desses casos. ^[1]

2. Gripe

Os vírus Influenza são os responsáveis pela gripe e são caracterizados como epidemias sazonais. ^[2]

Mais comum durante o inverno, a gripe, assim como o resfriado, apresenta dores de garganta, mal-estar e obstrução nasal, sendo comum a presença de calafrios, febre e tosse.

Igualmente, trata-se os sintomas, tendo a pneumonia, encefalite e miocardite como algumas das complicações que podem acontecer.

Conforme o Manual MSD, “Testes por reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (PCR-TR) são sensíveis e específicos e podem diferenciar os tipos e subtipos da influenza. Se esse teste estiver rapidamente disponível, pode-se usar os resultados para determinar o tratamento antiviral apropriado; também deve ser feito quando houver suspeita de influenza em pacientes hospitalizados, porque o tratamento antiviral costuma ser indicado. Além disso, esses testes podem prevenir o uso desnecessário de antibacterianos, e a identificação do vírus da influenza específico pode ser importante para o controle da infecção. Esses testes também ajudam a determinar se os surtos de doença respiratória são decorrentes da influenza.”

3. Infecções por adenovírus

Existem 7 espécies de adenovírus humanos e 57 sorotipos associados a doenças diferentes e, as infecções causadas por adenovírus estão sendo reconhecidas como uma das principais causas de doenças respiratórias graves. ^[3]

Essas doenças respiratórias são mais recorrentes no final do inverno e começo da primavera e seu período de incubação varia entre 2 a 14 dias.

“Dependendo do órgão afetado, cada subtipo do adenovírus humano pode provocar diferentes sintomas. Febre, tosse, coriza, dor de cabeça, de garganta e de ouvido, faringite, nariz entupido, conjuntivite são sinais típicos da infecção do trato respiratório tanto nas crianças, quanto nos adultos e idosos. Pneumonia, otite média, meningite e bronquiolite são algumas complicações possíveis desses quadros infecciosos.” ^[4]

Blog Drauzio Varella

4. Infecções pneumocócicas

Causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, as infecções podem se manifestar como pneumonia, meningite, sinusite e infecção do ouvido médio.

Transmitidas principalmente por tosses e espirros, essas infecções também apresentam os sintomas característicos do resfriado e da gripe – mal-estar, febre e tosse.

Ultimamente, diversos pneumococos estão se tornando resistentes à penicilina, portanto, não só a identificação bacteriana é importante, como testes de resistência a antibióticos também se fazem necessários. 

Intensificadas durante o inverno, também podemos classificar essas infecções pneumocócicas como doenças sazonais.

5. Infecções por Haemophilus spp

Tecnicamente, as infecções pela bactéria Haemaphilus spp não são doenças sazonais, porém, das várias espécies patogênicas, a mais comum sendo H. influenzae, é responsável por inúmeras infecções infantis que se agravam quando em ambientes fechados e mal ventilados, como creches.

Meningite, bacteremia, artrite séptica, pneumonia, traqueobronquite, otite média, conjuntivite, sinusite e epiglotite aguda são algumas das infecções infantis provenientes da bactéria. 

Dessas infecções, endocardite e infecções do trato urinário podem ocorrer em adultos, embora com menos frequência.

Novamente, aliado ao diagnóstico molecular para a identificação da bactéria tem-se a necessidade do teste para resistência a antibióticos.

Como preparar o seu laboratório para as doenças sazonais

Como visto, infecções respiratórias, independente dos seus causadores, apresentam os mesmos sintomas o que dificulta e/ou impossibilita o diagnóstico clínico. Além disso, nos casos de infecções bacterianas, é preciso que sua identificação aconteça junto da resistência a antibióticos.

Dessa forma, caracterizadas pela frequência, acertamento e segurança, o diagnóstico molecular se faz altamente necessário nos laboratórios brasileiros.

Os investimentos em tais tecnologias além de proporcionar maiores cuidados à população brasileira, possibilita o crescimento e o destaque das unidades laboratoriais.

Leia também: 5 dicas para otimizar a rotina laboratorial

Ainda, ao oferecer mais opções de diagnósticos é possível fortalecer os laços com a comunidade médica local, relacionamento essencial para que as demandas sigam relevantes. 

Soluções Seegene

Com as tecnologias Seegene, o seu laboratório terá condições de atender a todas essas demandas – seja oferecendo painéis específicos ou o painel completo para essas doenças sazonais.

Além disso, é possível alinhar os testes com os sistemas de análise e oferecer resultados ainda mais ágeis e confiáveis. Confira:

• Allplex™ Respiratory Panel Assays – ensaio de RT-PCR em tempo real multiplex que detecta e identifica de 26 patógenos do trato respiratório incluindo 16 vírus, 3 subtipos de Gripe A e 7 bactérias.
• Allplex™ RV Essential Assay – ensaio de RT-PCR multiplex em tempo real para triagem de Gripe A, Gripe B e VSR A/B com MPV, VPI, AdV e RVH em um único tubo.
• Allplex™ SARS-CoV-2/FluA/FluB/RSV Assay – ensaio de PCR em tempo real multiplex destinado à detecção dos genes N, RdRP e S de SARS-CoV-2, vírus Influenza A e B e vírus sincicial respiratório (RSV) A/B em um único tubo.
• Allplex™ Entero-DR Assay – ensaio de PCR em tempo real multiplex que detecta e identifica 8 genes gram+ e gram- de resistência a antibióticos simultaneamente.

Plataformas 

• Plataforma All in One – solução abrangente de diagnóstico molecular com extração de ácidos nucleicos de espécimes primários, configuração de PCR, PCR em tempo real e análise de resultados. Fluxo de trabalho simplificado com processo rápido e fácil de executar.

• STARlet AIOS – é a plataforma de automação completa mais compacta do mercado e integra os processos de extração e processamento da PCR em apenas uma estação de trabalho, que ocupa aproximadamente 1/3 do espaço ocupado pelas plataformas concorrentes.

• Seegene Viewer – software de análise exclusivo da Seegene, projetado para entregar resultados com fácil interpretação. É integrado à Plataforma All in One e ao STARlet-AIOS e interligável com o sistema LIS dos laboratórios. 

Tecnologias

• DPO™ (Dual Priming Oligonucleotide system): uma tecnologia inovadora de síntese de oligonucleotídeos para PCR em tempo real multiplex que aumenta a especificidade do alvo e minimiza amplificações não-específicas.
• TOCE™ (Tagging Oligonucleotide Cleavage and Extension): solução inovadora que permite detectar e diferenciar múltiplos alvos em um único tubo (até 15 alvos), além de fornecer resultados quantitativos através de análise cíclica da temperatura de melting do Catcher (cyclic-CMTA).
• MuDT™ (Multiple Detection Temperatures): ferramenta analítica de PCR em tempo real que permite a detecção de múltiplos alvos com valores individuais de Ct em um único canal, sem análise de curva de melting.

A tecnologia MuDT™, combinada com DPO™ e TOCE™, aumenta o potencial para fornecer diagnósticos mais precisos e com aplicações clínicas efetivas, reduzindo custos com assistência médica ao mesmo tempo que melhora o cuidado com o paciente.

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