Seria redundante dizer que a tecnologia é a protagonista da inovação empresarial.
Como já mencionamos em outros artigos, seja através do atendimento ao consumidor, seja pelos equipamentos ou até mesmo nos sistemas de gestão, o uso da tecnologia já é uma realidade que contribui de fato para o nosso dia a dia e bem-estar.
O uso da inteligência artificial, blockchain, realidade virtual, aumentada e mista, e a internet das coisas estão promovendo uma série de mudanças consideráveis (quiçá irreversíveis) do ponto de vista dos negócios.
É possível encontrar essas inovações nos mais variados setores industriais e aqueles que não estiverem preparados para se adaptarem e ignorarem essas tecnologias irão enfrentar diversas dificuldade em um futuro próximo.
O que muda na saúde brasileira
Na saúde, temos visto essa inovação, principalmente, no formato da Medicina Preventiva e Personalizada e, adjacente temos a biologia molecular e o desenvolvimento dos diagnósticos de precisão.
Um dos exemplos mais recentes e significativos do que essas novas tecnologias representam, não só para a biologia molecular, foi a conclusão do mapeamento do genoma humano. Os 8% restantes, que continham grandes sequências repetidas de moléculas de DNA associadas a proteínas, foram processadas, traduzidas e reconstruídas graças às novas metodologias e maquinários desenvolvidos nos últimos anos.
Conforme o neurocirurgião Fernando Gomes, “Quando você tem o código genético decifrado, entende que em última análise existe a produção de proteínas e isso vai interferir no próprio desenvolvimento do corpo e no processo do metabolismo e do funcionamento das células. Quando a gente consegue entender que parte está alterada ou que poderia ser melhorada, você tem uma perspectiva de atuação”.
Atuação essa que permite o desenvolvimento de métodos de diagnósticos ainda mais precisos que contribuirão para o controle dos problemas de saúde pública como as doenças hereditárias ou causadas pela interação de fatores genéticos e ambientais.
A inovação tecnológica e os seus desafios
No período anterior a abril de 2020, a prática de atendimentos virtuais, conhecido também como telemedicina, era proibida no país, porém, foi necessário a sua regulamentação devido à pandemia da covid-19 e às medidas de segurança sanitárias. A utilização desses recursos impulsionou várias outras medidas relacionadas ao armazenamento de dados, monitoramento e diagnóstico.
Segundo a Pesquisa TIC Saúde 2021, realizada pela Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, do NIC), “Os dados levantados revelam o crescimento da adoção de Internet entre os estabelecimentos públicos no período marcado pelo avanço da COVID-19: 94% deles possuem computador e Internet, o que equivale a um aumento de nove pontos percentuais em relação a 2019. Entre os estabelecimentos privados, o acesso a ambos segue universalizado. Já as Unidades Básicas de Saúde utilizaram mais computadores (de 91%, em 2019, para 94%, em 2021) e Internet (de 82% para 92%, em 2021). Em um universo próximo de 40.600 UBS, cerca de 2.500 não possuem o dispositivo e 3.400 não têm acesso à rede.”
O Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC afirmou que “Esse aumento pode estar relacionado à maior necessidade de digitalização das informações em função do cenário da pandemia. Assim como ocorreu com os domicílios e os indivíduos, esses dados mostram que existiu [e existe] uma demanda crescente por digitalização nesse período”.
A questão mais pertinente a cerca de todos esses avanços tecnológicos na medicina é a proteção de dados. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) entrou em vigor em agosto de 2020 e, menos da metade dos estabelecimentos de saúde analisados pela Pesquisa TIC implementou alguma medida específica para a segurança da informação.
“Apenas um terço dos estabelecimentos de saúde tinham uma política definida sobre segurança da informação, sendo o percentual dos públicos (21%) menor em relação ao dos privados (cerca de 40%). Entre as ferramentas de segurança, aquelas relacionadas à criptografia apresentaram maior aumento na comparação a 2019, a exemplo da criptografia de arquivos e e-mails, presentes em 52% dos estabelecimentos (contra 41% em 2019). Já a criptografia da base de dados avançou de 36%, em 2019, para 48% em 2021.”
Cetic.br|NIC
Já no Painel TIC COVID-19 é evidenciado a desigualdade social do país –“A tendência de digitalização que observamos como efeito da pandemia teve continuidade no primeiro semestre de 2021 em atividades de comércio eletrônico e de serviços públicos on-line, o que indica que as transformações verificadas no período podem ter um caráter mais permanente na sociedade. Contudo, as disparidades seguem sendo um ponto relevante de atenção para as políticas públicas. Ainda que as classes C, D e E tenham passado a realizar mais atividades pela Internet, isso continua ocorrendo em um patamar inferior ao observado nas classes A e B. Esse quadro ressalta a importância de políticas públicas voltadas para a redução dessas desigualdades”, afirma Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.
A pesquisa também mostrou que entre aqueles que recorreram às consultas on-line, 69% declararam ter realizado na rede pública (SUS) e 53% na rede privada.
Segundo a pesquisa do Painel Abramed, o desequilíbrio também está no porte dos laboratórios “As empresas familiares de pequeno porte (até nove empregados) são predominantes no setor de medicina diagnóstica. Em média, 71,8% das empresas nos segmentos analisados contam com até nove empregados e menos de 1% conta com mais de 100 empregados.”
Mesmo sendo uma das maiores economias do mundo, o Brasil enfrenta problemas e desafios econômicos, regulatórios e legislativos.
“O setor de saúde ainda é muito fragmentado no Brasil e com a pressão do aumento de custos acima da inflação, é natural que haja consolidações de modo a obter escala e ganhos de produtividade. O mercado de diagnóstico é bastante atuante na consolidação. Em 2021, foram pelo menos 11 movimentações informadas ao CADE. Embora tenha havido mais movimentos em capitais brasileiras, a fragmentação existe e ainda há muito espaço para consolidação, pois, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, existem cerca de 12 mil laboratórios e 6 mil clínicas de radiologia e diagnóstico por imagem no Brasil. Alguns players do mercado acreditam que a diversificação e integração com outros atores do setor de saúde é fundamental para aperfeiçoar o desempenho financeiro. Isso vai ao encontro do que é pregado pelos especialistas em sistemas de saúde, que entendem que a única maneira de aperfeiçoar o atendimento, aumentar a qualidade e reduzir custos é por meio da atenção organizada e integrada, favorecendo uma jornada satisfatória aos pacientes”
Milva Pagano, diretora-executiva da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica
Perspectivas de um futuro mais digital
Os benefícios e os impactos a longo prazo que a incorporação tecnológica trouxe para o setor de diagnóstico é sem precedentes, aumentando consideravelmente sua capacidade de identificação e precisão, gerando resultados bem mais assertivos e confiáveis.
O impacto também é sentido na otimização operacional já que com o fluxo fica mais rápido, as altas demandas conseguem ser supridas e, conseguimos oferecer mais conforto e praticidade para os pacientes.
Posto isso, está cada vez mais comum encontrarmos a expressão “o novo normal” para designar o período pós-pandêmico, onde poderemos encontrar com mais facilidade os reflexos de todas essas inovações tecnológicas.
Como bem colocou a professora Dra. Maria Aparecida Rhein Schirato, do Insper, “O comum leva ao conceito de normalidade quando aquele padrão estabelecido como um, de todos, de alguma forma garante sobrevivência e proteção àqueles que fazem parte. Quando a sobrevivência e a proteção ficam ameaçados, já não consideramos algo como normal. A normalidade, portanto, seria a constituição de um padrão que assegura às pessoas que estão contidas nele uma certa proteção, segurança, continuidade, e, portanto, sobrevivência.”
A inovação tecnológica está acontecendo e nós fazemos parte dela.
Inaugurada em 2019, a Seegene Brazil está presente nas maiores estruturas de diagnóstico do país, com soluções que ajudam a aumentar a produtividade e implantar novos testes.
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