nov 03
Novembro Azul

Novembro Azul e a Saúde Masculina

A Campanha Internacional do Novembro Azul teve seu início em 2003, na Austrália, com o objetivo de conscientizar a população sobre as doenças que acometem os homens e a importância dos diagnósticos precoces.

Com o tempo, a Campanha foi sendo direcionada ao Câncer de Próstata, uma vez que a doença é cercada por medo e preconceito – dois fatores que influenciam diretamente nas estatísticas.

De acordo com o American Cancer Society, 1 a cada 8 homens serão diagnosticados com Câncer de Próstata. “No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma)”. (INCA)

Considerado como um “Câncer da Terceira Idade”, cerca de 75% dos casos mundiais ocorrem a partir dos 65 anos de idade. Já no Brasil, 9 em 10 dos casos registrados são de homens acima de 55 anos.

De acordo com o Portal da Urologia, “houve uma redução de 21,5% das cirurgias para retirada da próstata por câncer na comparação entre 2019 e 2020.  A coleta de PSA e de biópsia da próstata, que junto com o exame de toque retal diagnosticam a doença, tiveram quedas na ordem de 27%2 e 21%2, respectivamente. O número de consultas urológicas no SUS também caiu 33,5%. E as internações de pacientes com o diagnóstico da doença teve queda de 15,7%1”.

A mortalidade por câncer de próstata aumentou cerca de 10% em cinco anos.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

Além da idade, ter histórico familiar e peso corporal elevado também são fatores que aumentam o risco de desenvolver o Câncer de Próstata. O INCA aponta também que a exposição “a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio) arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata”.

Uma das características do Câncer de Próstata é seu “início silencioso” – alguns homens não apresentam nenhum sintoma e, quando apresentam, são: dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

O diagnóstico é feito em etapas – através do toque retal + exame de PSA, caso apresentem alterações significativas, será então necessária  a biópsia. O diagnóstico precoce do Câncer de Próstata resulta em 90% de chance de cura.

IST e a Saúde do Homem

A dor e queimação ao urinar podem também indicar a presença de uma infecção urinária e até mesmo uma IST. As IST também atingem a população masculina e, recentemente, temos visto um aumento considerável nos casos de sífilis.

“Ainda segundo a OMS, o panorama da sífilis no Brasil não diverge do de outros países. Os números de casos são preocupantes, o que demonstra a necessidade de reforço às ações de vigilância, prevenção e controle da infecção”.

Ministério da Saúde

Sinais e Sintomas

Causada pela bactéria Treponema pallidum, ela pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. A divisão, de acordo com o Ministério da Saúde, é:

Sífilis primária

  • Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de “cancro duro”.
  • Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
  • Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.

Sífilis secundária

  • Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
  • Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
  • Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.
  • As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura.

Sífilis latente – fase assintomática

  • Não aparecem sinais ou sintomas.

É dividida em: latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).

  • A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis terciária

  • Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção.
  • Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Os testes moleculares são necessários para um diagnóstico rápido e preciso, e o tratamento irá depender do estágio da doença.

Além da sífilis, a população masculina brasileira também apresenta incidência considerável de IST causadas por Neisseria gonorrhoeae (CT), Chlamydia trachomatis (CT), Mycoplasma genitalium, Vírus Herpes simples tipo 1 e 2, entre outros.

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – PNAISH

Criada em 2009, a PNAISH “tem como objetivo a promoção de ações de saúde que possibilitem a apreensão da realidade dos homens entre 20 e 59 anos de idade nos seus diversos contextos”.

De acordo com a cartilha, em relação às mulheres, os homens morrem mais cedo principalmente por fatores externos, e, novamente, vemos nos gráficos (1)(2) que há uma “falsa autopercepção da infalibilidade física e mental”.

“As diferenças nos padrões de comportamento de risco/proteção, de adoecer e de morrer atestam essa fragilidade e sustentam a necessidade de planejamento e desenvolvimento de estratégias de educação em saúde, voltadas para os homens, além de reforçar a necessidade de sensibilização dos mesmos para o entendimento da sua própria fragilidade e responsabilidade com sua saúde”.

PNAISH

Seegene Brazil

A Seegene Brazil possui painéis para detecção dos principais patógenos causadores de IST no Brasil:

  • Allplex™ CT/NG/MG/TV Assay – detecta e identifica simultaneamente os 4 patógenos (C. trachomatis, N. gonorrhoeae, M. genitalium, T. vaginalis) mais prevalentes que causam (IST).