Conhecido mundialmente como o mês da conscientização do câncer de mama, o Outubro Rosa surgiu como uma promessa entre irmãs.
Conforme os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) em seu relatório de estimativas para o período de 2023 a 2025, o câncer de mama permanece como a forma mais comum da doença entre as mulheres, com uma projeção de 74 mil novos casos anuais até 2025, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Somente para 2023, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. [1]
O Dr. Caetano da Silva Cardial, membro da Comissão de Ginecologia Oncológica da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), alerta que:
“As mulheres, principalmente após os 50 anos, têm o risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de mama por alterações biológicas próprias do envelhecimento do organismo. Outros fatores importantes são os fatores hormonais e a história reprodutiva da mulher. Os fatores hormonais também estão ligados ao estímulo estrogênico, seja ele endógeno ou exógeno, ou seja, quanto maior a exposição, maior o risco”.
“A detecção precoce desempenha um papel fundamental na gestão do câncer de mama”
Recentemente o câncer cervical, também conhecido como câncer de colo de útero, foi incluído na campanha do Outubro Rosa.
Com 17 mil novos registros previstos para 2023, o câncer no colo do útero é causado principalmente pela infecção com o papilomavírus humano (HPV). [3]
Assim como o tratamento, a detecção na fase inicial é primordial para evitar a evolução do quadro. No entanto, a baixa procura pelo exame dificulta o diagnóstico precoce. Uma pesquisa feita pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) apresentada no Estadão Summit Saúde mostrou que “a falta de vontade é o principal motivo para as pessoas não realizarem o procedimento, seguido por vergonha ou constrangimento e falta de conhecimento”.
E, de acordo com a ANS, no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, a cobertura assistencial obrigatória para diagnóstico e tratamento é garantida pelos planos privados de assistência à saúde em relação a esses dois tipos de neoplasia maligna, respeitando-se as segmentações assistenciais contratadas pelos beneficiários.
Conheça a história do Outubro Rosa
Se pensarmos que o jornal The New York Times, fundado em 1851, hoje guarda a 17º posição no ranking mundial e é o 3º dos EUA em distribuição, com 132 prêmios Pulitzer, que abrange os mais variados assuntos, sendo referência mundial em qualidade e confiabilidade de informações, é o mesmo jornal que, no início da década de 1950 se recusou a publicar uma campanha sobre um grupo de suporte para o câncer de mama justamente por incluir as palavras “câncer” e “mama” é, no mínimo, curioso.
Contudo, foi a mesma corporação (The New York Times Magazine – 1993) que publicou a foto da artista e ativista Joanne Motichka expondo a cicatriz da mastectomia que precisou fazer, aos 37 anos. [2]
Nesse meio tempo, alguns pontos bem relevantes para a história aconteceram:
- 1969 – A mamografia moderna é inventada;
- Década de 1970 – O tratamento padrão para o câncer de mama era a cirurgia em uma etapa, no qual a paciente era anestesiada para uma biópsia e, após um resultado positivo, era imediatamente submetida a mastectomia, sem consulta;
- 1972 – Shirley Temple Black torna-se a primeira atriz a anunciar publicamente o diagnóstico de câncer de mama;
- 1974 – A primeira-dama norte-americana Elizabeth Ann Bloomer Warren “Betty” Ford, discute abertamente seu diagnóstico e mastectomia. Duas semanas depois, a segunda-dama Margaretta Rockefeller passa por uma mastectomia dupla.
No entanto, foi em 1980 que o cenário começou a mudar. Três anos após o diagnóstico de câncer de mama, Susan G. Komen faleceu aos 36 anos. Durante todo o tratamento ela e sua irmã eram inseparáveis e perceberam alguns fatores que foram cruciais para a criação do Outubro Rosa.
Assim como os conhecimentos sobre a doença eram poucos, as informações passadas para os pacientes eram insuficientes. O tratamento, as cirurgias e os cuidados também eram deficientes.
Em 1982, sua irmã, Nancy Brinker começou a Fundação Susan G. Komen para o Câncer de Mama, com a missão de “salvar vidas satisfazendo as necessidades mais críticas das nossas comunidades e investindo em pesquisas inovadoras para prevenir e curar o câncer da mama.”
Graças a divulgação do projeto, como a Race for the Cure® a Fundação passou a receber apoio de diversas frentes e, em 1986, definiu outubro como o mês de conscientização do câncer de mama.
Em 1991, a Fundação estabeleceu a fita rosa como um símbolo nacional da causa, distribuindo uma para cada participante da Race for the Cure® de Nova York.
Desde a sua inauguração em 1982, o investimento em pesquisas por parte da Fundação passou de U$ 1.1 bilhão; com mais de 2.600 financiamentos de pesquisa e mais de 500 testes clínicos.
No Brasil, temos a FEBRASGO, fundada em 1959 e “tem em seu DNA o objetivo de promover, apoiar e zelar pelo aperfeiçoamento técnico, científico e pelos aspectos éticos do exercício profissional de ginecologistas e obstetras, pautados pelo total respeito à saúde e bem-estar da mulher.”
Solução Seegene – testes moleculares para a genotipagem do HPV
A Saúde da Mulher faz parte das estratégias de ações da Seegene global e da Seegene Brazil e as tecnologias Seegene contribuem ativamente para o diagnóstico precoce do HPV.
Desde a chegada da Seegene ao Brasil, já ajudamos muitos laboratórios com a implementação de ensaios, equipamentos e sistemas de análise que melhoram a qualidade dos resultados, a produtividade e a gestão interna.
Estão disponíveis no mercado brasileiro os ensaios para HPV com a tecnologia Seegene 3 Ct:
- AllplexTM HPV HR Detection – ensaio multiplex que detecta 14 genótipos de HPV de alto risco, incluindo HPV 16 e HPV 18.
- AllplexTM HPV28 Detection – um ensaio multiplex que detecta 19 genótipos de HPV de alto risco e 9 genótipos de baixo risco.
Estes são os primeiros ensaios PCR 3 Ct para HPV aprovados no país. Com uma única amostra e em uma única reação de PCR, os novos ensaios identificam até 15 patógenos, incluindo co-infecções.
A Tecnologia 3 Ct oferece o valor do ciclo de detecção (Cycle Threshold, Ct) de três alvos em um único canal, sem comprometer a sensibilidade e especificidade dos ensaios enquanto as tecnologias de PCR quantitativo em tempo real já existentes no mercado só permitem a detecção do valor de Ct de um único alvo por canal.
Faça a sua parte – divulgue, compartilhe e converse com suas amigas e familiares.
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