Durante o primeiro semestre do ano de 2022 surgiram diversas notícias e alertas das autoridades de saúde sobre a varíola dos macacos.
Essa zoonose viral possui sintomas semelhantes aos da varíola como febre, erupção cutânea e gânglios linfáticos inchados e pode levar a uma série de complicações médicas.
O vírus de DNA de fita dupla envelopado que pertence ao gênero Orthopoxvirus da família Poxviridae, é considerado endêmico em algumas regiões próximas a florestas tropicais. Segundo a OMS, existem dois clados genéticos distintos do vírus da varíola dos macacos:
- Clado da África Central (Bacia do Congo): historicamente causou doenças mais graves sendo considerado o mais transmissível.
- Clado da África Ocidental.
A varíola dos macacos foi identificada, pela primeira vez em humanos, em 1970 na República Democrática do Congo, em um menino de 9 meses. Desde então, a maioria dos casos foi relatada em regiões rurais, particularmente na República Democrática do Congo e, mais casos têm sido relatados em toda a África Central e Ocidental (OMS).
Em maio deste ano, vários casos de varíola dos macacos foram identificados em diversos países considerados não endêmicos. Atualmente, estudos estão em andamento para entender melhor a epidemiologia e as fontes de infecção, assim como os padrões de transmissão.
A varíola dos macacos no Brasil
No mais recente relatório da OMS, “a maioria dos casos confirmados laboratorialmente (2933/3413; 86%) foram notificados na Região Europeia da OMS. Outras regiões que relatam casos incluem:
- Região Africana (73/3413, 2%),
- Região das Américas (381/3413, 11%),
- Região do Mediterrâneo Oriental (15/3413, <1%) e,
- Região do Pacífico Ocidental (11/ 3413, <1%).”
No Brasil, da data deste artigo, são mais de 200 casos confirmados. “Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos foi confirmada no estado de São Paulo. Em seguida vêm os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.” (Agência Brasil)
Transmissão, sintomas e diagnóstico
Seguindo as orientações da OMS, qualquer pessoa pode contrair a varíola dos macacos através de contato físico direto com infectados, sendo as erupções cutâneas, fluidos corporais (como pus ou sangue de lesões na pele) e crostas particularmente infecciosos.
Roupas, roupas de cama, toalhas ou objetos como utensílios/pratos contaminados com o vírus também podem infectar outras pessoas. Deve-se prestar atenção às úlceras e lesões ou feridas na boca que também podem ser infecciosas, significando a transmissão pela saliva.
O vírus também pode se espalhar de uma mulher grávida para o feto através da placenta, ou de pessoas infectadas para o recém-nascido durante ou após o nascimento, por meio do contato pele a pele.
Não está claro ainda se as pessoas infectadas que não apresentam sintomas podem espalhar a doença.
Para o diagnóstico, a recomendação das principais autoridades de saúde mundial é novamente o teste PCR. Devido à sua precisão e sensibilidade, as amostras diagnósticas ideais para a varíola dos macacos são de lesões de pele – esfregaço da superfície ou fluido de vesículas e pústulas e crostas secas.
“Como os ortopoxvírus são sorologicamente reativos, os métodos de detecção de antígenos e anticorpos não fornecem confirmação específica para varíola de macaco. Portanto, os métodos de sorologia e detecção de antígenos não são recomendados para diagnóstico ou investigação de casos onde os recursos são limitados.”
OMS
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