A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis que afeta mais frequentemente os pulmões. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), em todo o mundo, a tuberculose é a 13ª principal causa de morte e a segunda principal causa de morte infecciosa depois da covid-19. O correto diagnóstico de tuberculose é muito importante para reduzir essa incidência.
A pandemia da covid-19 impactou diretamente os números globais da tuberculose, houve diminuição do número de diagnósticos e aumento do número de mortes pela doença. Fato que reverteu os esforços dos últimos anos.
Metas globais para tuberculose e a pandemia da covid-19
Desde 2014, países membros da OMS e da ONU (Organização das Nações Unidas) adotaram estratégias para acabar com a tuberculose, que incluem metas e marcos para grandes reduções na incidência da doença, mortes e custos enfrentados por pacientes e suas famílias. A estratégia espera reduzir 90% das mortes pela doença e 80% da taxa de incidência até 2030, em comparação com dados de 2015.
Contudo, indo contra as metas estabelecidas pela OMS e ONU, pela primeira vez em uma década, o número de mortes pela tuberculose subiu 20% entre 2019 e 2020, saltando de 1,2 milhão para 1,5 milhão de casos e, em 2021, alcançou a marca de 1,6 milhão de pessoas. Além disso, o número de pessoas com tuberculose, mas que não foram diagnosticadas e notificadas subiu 29%, indo de 2,9 milhões para 4,1 milhões de pessoas.
Durante a pandemia da covid-19, diversos serviços importantes para pacientes com tuberculose não foram oferecidos, e como resultado, o impacto imediato foi uma grande queda global no número relatado de pessoas recém-diagnosticadas com tuberculose.
A taxa de diagnóstico da doença diminuiu 18% de 2019 para 2020, indo de 7,1 milhões para 5,8 milhões (nível observado pela última vez em 2012). Em 2021, o número aumentou para 6,4 milhões, mas ainda permaneceu abaixo dos números pré-pandêmicos (o nível de 2016–2017).
Essa diminuição pós-pandemia sugere um aumento nos casos de tuberculose não diagnosticados e não tratados, levando inicialmente ao aumento da disseminação comunitária da infecção e mortes por tuberculose, seguido por um aumento no número de pessoas desenvolvendo a doença.
Em 2022, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu a urgência em investimentos nos serviços para combater a doença após o regresso causado pela pandemia.
Novas diretrizes do diagnóstico de Tuberculose
O atual Relatório Global de Tuberculose, publicado no final de 2022 pela OMS, demonstrou os efeitos negativos da pandemia no combate à tuberculose e levantou a necessidade de aumentar esforços e investimentos para controlar a doença.
Segundo o especialista Madhukar Pai do McGill International TB Centre no Canadá, investir na melhora da detecção de casos de tuberculose é urgente. Pudemos ver os países ampliando os testes moleculares e a capacidade de sequenciamento genético para covid-19, e essa capacidade expandida pode ser usada para testes de tuberculose. Além disso, grandes avanços foram feitos em ferramentas digitais de saúde, telessaúde e entrega domiciliar de medicamentos. O que também contribui muito para recuperarmos o controle da doença.
Na mesma época, a OMS atualizou as diretrizes sobre diagnóstico de infecção por tuberculose. Uma nova classe de testes cutâneos baseados em antígenos de Mycobacterium tuberculosis (TBSTs) e duas classes de testes já existentes: o teste cutâneo de tuberculina (TST) e os ensaios de liberação de interferon-gama (IGRAs) foram adicionadas no fluxograma de diagnóstico da infecção.
Exames moleculares continuam descritos nas diretrizes da OMS como primeira opção de testes para diagnóstico de tuberculose pulmonar e extrapulmonar. O PCR em tempo real é capaz de detectar a Mycobacterium tuberculosis e várias mutações associadas à resistência a drogas.
Dessa maneira, com a identificação precisa do material genético do patógeno, o tratamento pode ser rapidamente iniciado e direcionado. O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO).
Graças à eficiência do tratamento, os pacientes se sentem melhores logo no início e recomenda-se uma orientação específica, já que muitos tendem a interromper o tratamento.
A Seegene Brazil no Diagnóstico da Tuberculose
A Seegene Brazil acredita que podemos alcançar as metas globais propostas pela OMS e se compromete em desenvolver tecnologias que dão suporte completo ao combate à tuberculose.
Por isso, desenvolvemos o Anyplex™ II MTB/MDR/XDR Detection, um ensaio de PCR em tempo real multiplex que detecta Mycobacterium tuberculosis (MTB) com valor de Ct e identifica simultaneamente 39 mutações associadas com resistência a drogas.
Nosso ensaio é mais eficiente que os meios tradicionais de diagnóstico. O Anyplex™ II MTB/MDR/XDR Detection faz a detecção simultânea de MTB, 25 mutações associadas com tuberculose resistente a múltiplas drogas (MDR-TB) e 13 mutações associadas com tuberculose extensivamente resistente a drogas (XDR-TB).
Baseado nas tecnologias DPO™ e TOCE™, este ensaio é feito em equipamentos de PCR em tempo real e fornece diagnóstico imediato e diretriz de tratamento apropriado para o controle da tuberculose.
A Seegene Brazil fornece não apenas equipamentos e softwares tecnologicamente otimizados, mas também dá suporte a serviços de acompanhamento. A Seegene possui estoque de kits no Brasil, além de equipamentos disponíveis e equipe científica prontos para implantar as rotinas de PCR para diagnóstico de tuberculose em laboratórios de todo o país.
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